Drácula de Bram Stoker: A Origem dos Vampiros na Literatura

Explore o livro responsável pela origem dos vampiros na literatura. Descubra como essa obra-prima do terror gótico continua a influenciar o gênero até hoje, com sua narrativa sombria e personagens marcantes. Veja por que Drácula é considerado um dos maiores clássicos do terror.

Eduardo Haus de Barros

10/1/20247 min read

O clássico que imortalizou os vampiros na literatura

Todos nós sabemos que os vampiros são um dos maiores símbolos do terror moderno, principalmente nos livros. Mas uma coisa que poucas pessoas sabem é que quem deu início a esses monstros na literatura foi um romancista irlandês chamado Bram Stoker, com sua obra “Drácula”. Uma obra que transcendeu as páginas e fez de seu antagonista principal, o Conde Drácula, o principal símbolo do gênero do terror de todos os tempos, além de ser temido por crianças e adultos de todo o mundo até os dias atuais.

A narrativa contada por cartas

A obra é escrita de maneira epistolar, ou seja, através de cartas, diários e jornais, nos deixando mais próximos dos personagens, de seus sentimentos e, principalmente, de seus medos. Esse estilo de narrativa é um dos pontos altos de Drácula, pois permite ao leitor experimentar a história de forma fragmentada, como se estivesse descobrindo os acontecimentos ao lado dos protagonistas.

Tudo se inicia com escritos do diário de Jonathan Harker, um advogado recém-graduado que é enviado para a Transilvânia, na Romênia, por seu empregador, o Sr. Hawkins, para servir como agente imobiliário de um excêntrico conde que queria se mudar para Londres. Essa escolha narrativa confere um ar de realismo ao enredo, tornando-o ainda mais envolvente e assustador.

O encontro com Drácula

Quando chega à Transilvânia, Jonathan sente um frio na espinha ao conhecer Drácula, o Conde que ele foi enviado para ajudar na mudança para Londres. Apesar de algumas coisas estranhas desde sua chegada, no início tudo está correndo bem. Harker fala com o Conde somente à noite e passa o dia todo trabalhando na papelada da mudança.

Porém, com o passar dos dias, o advogado vai descobrindo coisas muito estranhas e perturbadoras sobre seu anfitrião que o deixam cada dia mais desesperado para sair dali. Stoker nos conduz nessa descoberta de forma magistral, descrevendo as peculiaridades de Drácula – como sua força sobre-humana, sua aversão à luz do dia e seu comportamento enigmático – de maneira sutil, mas assustadora.

Jonathan consegue escapar e voltar para Londres, porém não antes de terminar seu trabalho e deixar tudo pronto para a mudança do macabro Conde Drácula. Esse trecho inicial é um dos mais tensos da obra, apresentando a figura de Drácula como uma ameaça que vai muito além do que Jonathan poderia imaginar.

A ameaça em Londres

Em Londres, Harker reencontra sua amada esposa Mina e sua amiga Lucy Westenra, uma mulher meiga e gentil que logo começa a sofrer de uma misteriosa doença que ninguém consegue diagnosticar. A condição de Lucy piora de forma inexplicável, deixando todos ao seu redor perplexos.

É então que entra em cena o Dr. Vincent Van Helsing, o responsável por tentar salvar Lucy e descobrir a verdadeira origem de sua doença. Van Helsing percebe que a jovem não tem nenhuma enfermidade comum, mas que foi mordida por um ser que muitos acreditavam ser apenas um mito: um vampiro.

Lucy não resiste e acaba morrendo, mas não antes de se transformar em um ser sobrenatural. Essa virada na história é chocante e emocionante, pois revela ao grupo de amigos o verdadeiro poder de Drácula e a dimensão de sua ameaça.

O confronto com o Conde Drácula

Van Helsing e os amigos de Lucy decidem investigar e descobrem que o vampiro que mordeu a jovem já era conhecido por Jonathan Harker: o Conde Drácula. A partir desse momento, a história se transforma em uma corrida contra o tempo, com o grupo unindo forças para combater o Conde e salvar Mina, que também passa a ser ameaçada pela influência dele.

A luta para deter Drácula e a corrida para evitar que ele espalhe sua maldição se tornam o núcleo da narrativa, criando momentos de tensão crescente. Cada passo dado pelo grupo representa um desafio, e as revelações sobre os poderes e vulnerabilidades de Drácula aumentam a sensação de perigo iminente.

A habilidade de Bram Stoker em criar o medo

É incrível como Stoker nos deixa arrepiados dos pés até a cabeça apenas com palavras. Ele descreve o Conde, os ambientes e os acontecimentos de modos tão simples e sombrios que desde 1897 as pessoas têm medo de Drácula, e muitos o consideram real, de tão boa que é a escrita do autor irlandês.

Stoker consegue equilibrar o mistério, a tensão e o horror de forma magistral, fazendo de Drácula uma leitura envolvente e perturbadora. Seus cenários são detalhados e evocativos, desde o castelo sombrio na Transilvânia até as ruas de Londres, onde o terror do vampiro se espalha como uma sombra invisível.

Um clássico atemporal do terror

Drácula se tornou, para mim e para milhões de pessoas, o maior clássico do terror de todos os tempos. Ao lado de Frankenstein, de Mary Shelley, e O Médico e o Monstro, de Robert Louis Stevenson, forma a tríade clássica do horror.

Essa tríade não apenas define o gênero de terror, mas também explora questões profundas sobre a humanidade, o medo do desconhecido e os limites entre o bem e o mal. Entre essas obras, Drácula destaca-se pela figura icônica do Conde, que transcende o papel de antagonista para se tornar um símbolo cultural.

Conclusão

A obra Drácula, de Bram Stoker, transcende o tempo e permanece relevante por sua capacidade de despertar medo e fascínio. Sua narrativa epistolar, personagens bem construídos e atmosfera sombria fazem dela uma obra-prima do terror literário.

O impacto de Drácula vai além da literatura, moldando a maneira como os vampiros são retratados em outras mídias e se tornando uma figura central no imaginário popular. A história do Conde Drácula continua a ser uma referência para o gênero do horror e uma inspiração para escritores e cineastas de todo o mundo.

Seja você um fã do terror ou alguém interessado em explorar as origens desse gênero, Drácula é uma leitura indispensável. Mais do que um livro, é um marco cultural que continua a inspirar medo e admiração, provando o poder atemporal da narrativa de Bram Stoker.

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Sobre o autor

Me chamo Eduardo Haus de Barros, sou o autor das resenhas literárias e cinematográficas do site Luz, Câmera, Leitura, um espaço dedicado aos apaixonados por histórias assim como eu. Combino minha paixão por livros, filmes e séries com uma escrita envolvente e analítica, ofereço aos leitores um olhar apaixonado e reflexivo sobre obras das mais variadas origens e gêneros.

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Minha motivação vem da vontade de espalhar histórias que melhorem a vida das pessoas; acredito no poder transformador das histórias. Por experiência própria sei que cada livro, filme ou série tem algo único a oferecer, seja um aprendizado, uma nova perspectiva ou simplesmente o prazer do entretenimento. 

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